sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A irritante arte de morar em Vila Velha ou sobre como "cagar na saída"

Os últimos meses em Vila Velha estão sendo de fato torturantes. Na difícil - que se mostrou impossível - missão de eleger seu sucessor, o prefeito Max Filho deixou para o último semestre de seu governo todas as obras de impácto para a cidade. Isso vem gerando um verdadeiro caos para quem, necessita de transitar pelas ruas de Vila Velha. E não é pelo centro, somente. Muitas ruas dos bairros estão sendo destruidas em benefício das obras de Macro-drenagem, responsáveis minimizar o impacto das chuvas no município. Sobre a necessidade das obras, não há o que se discutir. Transtornos existem e sempre existirão se quisermos melhoras públicas. O que chamo a atenção é pela sensação de "jogar a toalha" que venho sentindo em Vila Velha, em função do fracasso do prefeito em eleger seu sucessor. Aliás, esse assunto merece uma reflexão.

Particularmente, votei em Max Filho as duas eleições em que ele participou e que o levaram à prefeitura. Na ocasião, representava o avaço em face ao atraso reinante na cena política municipal. E foi muito bom para a cidade tê-lo eleito. Iniciou-se uma verdadeira cruzada em favor da moralidade administrativa; dava a impressão de que Vila Velha havia entrado no século XXI. Tínhamos um prefeito. Mas as coias parecem ter saído de seu eixo. E atribuo um pouco disso à oposição canela-verde ao governo estadual. Ao contrário do que possam imaginar, leitores, não sou contra essa oposição. Acho,inclusive, que para o bem da disputa política no ES ela deve ser maior. É isso que eu esperoo com as vitórias do PT em Colatina, Cachoeiro do Itapemirim, Vitória e Cariacica. Mas acho que Max não deu conta de ser oposição sozinho. E pecou pela escolha de seu candidato. Às vezes me pergunto se a convenção que escolheu Dionízio Ruy sabia mesmo o que estava fazendo. Se por um lado não é fácil ser oposição sozinho, por outro o prefeito esqueceu-se disso e jogou fora todo o esforço de oito anos. E o pior: traiu quem nele confiou e quem depositava nele a esperança de lidernaça opositora... Falta de habilidade.

Mas agora, estamos nós aqui em Vila Velha, amargando as más escolhas do prefeito e no que elas resultam. Tudo está em obra. E cadê a guarda de trânsito? O centro está uma grande confusão e não se vê nenhum agente de trânsito. Quando vê, estão em bandos num cruzamento só. E os outros?

Você deve estar se preguntando, caro leitor, mas porque tanta indignação numa pessoa só? É que acabo de gastar quase 40 minutos do Aribiri até a Prainha, trajeto que normalmente gastaria 15. É demais!!!

É ou não é uma "cagada" na saída?

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