sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sobre as eleições nos EUA.


Sem sombra de dúvidas, que as decisões tomadas pelo cargo de mais poderoso do mundo pode impactar diretamente em nossas vidas. Mesmo que não diretamente, mas só a apreensão que sentimos atualmente é um sinal deste impacto.


Então, analisando um pouco mais especificamente, os impactos das eleições para o Brasil e a América do Sul, observamos a quebra de um velho mito. A ilusão que existia no passado era de que os Republicanos (partido do Bush) eram melhores para o Brasil por serem mais dispostos a negociar. Entretanto, o ex presidente Clinton (que é Democrata) foi mais eficiente na liberação do comércio do que o Bush atual. Lembrem-se da merda que seria a ALCA para o Brasil (que foi barrada pelo presidente LULA), mas era um sinal de estreitamento de relações comerciais.


Na esfera diplomática, as boas relações devem continuar e o Brasil permanecerá para os americanos como liderança regional para ambos os candidatos. Entretanto, no campo econômico nenhum presidente, seja Democrata seja Republicano, melhorará substancialmente o cenário do comércio bilateral. A questão comercial é muito importante no Congresso americano e aí você tem o bloqueio do legislativo. O mecanismo decisório passa pelo Congresso e aí os parlamentares dificilmente têm disposição para abrir o mercado e desagradar sua base eleitoral.


O Brasil e a America latina não estão entre as prioridades dos EUA, e isso é uma má noticia para nós A prioridade é o Oriente Médio. A América Latina é uma região de baixa prioridade para os Estados Unidos. As políticas tanto de Democratas quanto de Republicanos tendem a ter consenso nesse sentido. Não vejo muito qual seria a grande mudança.


Bom, há rumores e conversas, pelo menos de campanha, que os subsídios dados pelo governo americano seriam cortados em relação aos produtos agropecuários, e isso inclui o etanol. A quantidade que o governo americano gasta é enorme, e poderá ser uma grande sobre para investir na liquidez do quase falido sistema financeiro americano. Isso é o que vejo de questão prática para o Brasil como uma grande oportunidade para nós.

O Candidato MacCain falou abertamente em corte de subsídios para o etanol americano e importação do brasileiro.

Enfim, axo que é um pouco disso.


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